Foi difícil não parar para pensar no tamanho do sucesso de Luan Santana ao encontrá-lo para esta entrevista. Em primeiro lugar, o ídolo sertanejo estava hospedado no mesmo hotel da banda U2, em São Paulo. Depois, seu jeito de moleque, natural para quem tem 20 anos, não dá pistas de que ele é o maior vendedor de CDs do país, com 400 mil cópias comercializadas do álbum “Luan Santana Ao Vivo” (2009). “Não sou um fenômeno. Você está exagerando”, responde o músico. Mas, em seu mais novo trabalho, “Luan Santana Ao Vivo no Rio”, o cantor mostra que não está para brincadeira. Diante de um público de 15 mil pessoas, ele salta a mais de três metros de altura com a ajuda do mesmo elevador que Michael Jackson usaria na turnê “This is It”, voa sobre o público e desaparece do palco usando truques de ilusionismo. “Eu vejo muito DVD internacional. Queria um show que fosse bastante tecnológico, superprodução mesmo”, justifica. Tirando o truque do voo, ele garante que todos os outros já estão adaptados para a nova turnê. Mas Luan ressalta que nem sempre as coisas foram assim. No começo a carreira, teve de vencer a desconfiança das pessoas. “Eu tinha 15 anos, era magrinho e cantava sozinho. Não tinha a ver com o padrão”, explica. “Desde o começo, a gente quis ser diferente, ter uma identidade. Eu pensava: ‘Será que não vou fazer sucesso a partir dos 25 anos, como todo mundo faz?’”
Os primeiros palcos, conta ele, não passavam de uma cortina preta. “O povo ia fazer as necessidades atrás do palco e fazia tudo em cima da cortina. Ficava fedida para caramba”, lembra.
Agora, Luan Santana sonha com a carreira internacional. “Vou deixar o povo aprender as músicas novas. Depois, vou gravar um CD em espanhol, com as melhores dos dois últimos álbuns. Quero levar o sertanejo para além dos brasileiros”, promete. “Luan Santana
Ao Vivo no Rio”O álbum da Som Livre está disponível em DVD
(R$ 29,90), CD (19,90) e blu-ray (R$ 54,90).
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